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Modelo para conversão de altitudes geométricas (dadas pelos GNSS) em altitudes físicas (compatíveis com o Datum Vertical do SGB)
O que é
Modelo digital que fornece os fatores para conversão das altitudes dadas pelos receptores GNSS, resultando em altitudes compatíveis com a gravidade terrestre, mais adequadas para descrever o escoamento de massas líquidas, como as necessárias em grandes projetos de irrigação, geração hidrelétrica etc.
Em termos técnicos, um modelo para conversão de altitudes descreve numericamente a separação entre o elipsoide de referência das altitudes geométricas – também chamadas elipsoidais, resultantes da utilização dos Sistemas Globais de Navegação por Satélites (GNSS) – e a superfície de referência das altitudes físicas, isto é, no caso do Brasil, o datum vertical da Rede Altimétrica de Alta Precisão (RAAP) do Sistema Geodésico Brasileiro (SGB). A partir das coordenadas geodésicas resultantes do adequado processamento das observações coletadas por meio de um receptor GNSS geodésico, deve-se extrair do modelo o fator para conversão da altitude geométrica em altitude física.
Os primeiros modelos para conversão de altitudes publicados pelo IBGE foram os modelos geoidais da série MAPGEO, elaborados em parceria com a Universidade de São Paulo (USP): MAPGEO92, MAPGEO2004, MAPGEO2010, MAPGEO2015. Este último serviu de base para o desenvolvimento do modelo mais recente, hgeoHNOR2020, que inaugura uma nova série de modelos caracterizados pela melhor adaptação às altitudes vigentes na RAAP.
Informações técnicas
Atendendo à sua responsabilidade como gestor do Sistema Geodésico Brasileiro (SGB), o IBGE disponibiliza publicamente as informações geodésicas de referência necessárias ao posicionamento espacial preciso. No caso das aplicações envolvendo posicionamento vertical – como os estudos de viabilidade e as obras de implantação de grandes empreendimentos hidrelétricos, ou as atividades de prevenção e monitoramento das inundações costeiras associadas à elevação do nível médio do mar decorrente do aquecimento global –, a informação básica é a altitude associada a cada uma das quase 70 mil Referências de Nível (RRNN) estabelecidas pelo IBGE desde 1945 ao longo de toda a malha viária nacional.
Tais altitudes têm uma estreita vinculação ao campo da gravidade terrestre, assegurada com a utilização de metodologias específicas de observação, associando informações gravimétricas (observadas ou teóricas) aos desníveis resultantes da tradicional técnica de nivelamento geométrico com procedimentos e instrumentos especificamente projetados para alta precisão. Atualmente, as altitudes obtidas dessa forma são genericamente denominadas altitudes físicas. No Brasil, essas altitudes eram conhecidas como ortométricas-normais até julho de 2018, quando o novo reajustamento da chamada Rede Altimétrica de Alta Precisão (RAAP) resultou nas chamadas altitudes normais, aprimorando a integração em relação ao campo da gravidade terrestre.
Por outro lado, a crescente adoção de soluções de posicionamento via sistemas de satélites levou à maior disponibilidade de um outro tipo de altitude, inteiramente desvinculada do campo da gravidade – a altitude geométrica. Acompanhando a necessidade de conversão dessas altitudes geométricas em altitudes ortométricas-normais, intensificou-se a demanda pelos chamados modelos de ondulação geoidal, que representam a separação entre as respectivas superfícies de referência (elipsoide e geoide), denominada ondulação ou, preferencialmente, altura geoidal. No Brasil, as versões iniciais desses modelos tinham a forma de mapas geoidais, elaborados e avaliados a partir das RRNN coincidentes com as primeiras estações geodésicas estabelecidas com técnicas espaciais – as estações SAT Doppler, resultantes da observação dos satélites Transit. Em relação aos resultados obtidos atualmente com os sistemas de posicionamento via satélites, as altitudes derivadas do sistema Transit tinham incerteza significativamente maior, chegando a vários metros. Dessa forma, eram desprezíveis as consequências de que as altitudes físicas do SGB não eram rigorosamente ortométricas, mas sim ortométricas-normais – uma aproximação do conceito original, voltada ao atendimento dos casos de indisponibilidade de observações gravimétricas na região de trabalho.
Com o aprimoramento da qualidade das altitudes geométricas obtidas pelo usuário comum, resultante da evolução da infraestrutura associada aos Sistemas Globais de Navegação por Satélites (Global Navigation Satellite Systems - GNSS), as maiores incertezas na conversão entre altitudes passaram a ser atribuídas ao próprio modelo de ondulação geoidal, devido principalmente à impossibilidade de se alcançar uma cobertura gravimétrica densa e homogênea em todo o Território Nacional e ao longo de uma razoável faixa fronteiriça e costeira. Além disso, também assumiu maior significância a diferença entre o conceito rigoroso de altitude ortométrica e sua realização aproximada por meio das altitudes normais-ortométricas da rede altimétrica do SGB.
Dessa forma, em 2008 o IBGE iniciou a realização de campanhas exclusivas de GNSS em RRNN, intensificando-as a partir de 2015. Com isso, recentemente foi possível atingir uma distribuição minimamente adequada das chamadas estações SAT-RN para o início dos estudos referentes ao aprimoramento da conversão de altitudes.
Por fim, cabe destacar que o aprimoramento do modelo de conversão de altitudes também sofreu impulso decisivo a partir da divulgação das novas altitudes normais, resultantes do Reajustamento da Rede Altimétrica com Números Geopotenciais (REALT-2018). Além da melhor vinculação ao campo da gravidade terrestre, este novo conjunto de altitudes reflete também os efeitos de uma extensa depuração dos desníveis de toda a rede altimétrica. Para que tais melhorias pudessem beneficiar também os usuários dos GNSS, tornava-se necessário um modelo de conversão de altitudes específico, reforçando as justificativas para o desenvolvimento do hgeoHNOR2020. Detalhes sobre esse desenvolvimento são apresentados no respectivo relatório.
Sobre a publicação - hgeoHNOR2020
O modelo hgeoHNOR2020 fornece a separação entre o elipsoide de referência das altitudes geométricas em SIRGAS2000 e as superfícies de referência da realização REALT-2018 da componente vertical do Sistema Geodésico Brasileiro (SGB), isto é, os data verticais de Imbituba e Santana. Dessa forma, o fator para conversão extraído do modelo (η) permite a obtenção de altitudes normais modeladas (HNmod), compatíveis com o REALT-2018, a partir de altitudes geométricas (h) resultantes de medições GNSS em regiões onde não haja cobertura adequada da Rede Altimétrica de Alta Precisão (RAAP), isto é, onde não existam estações altimétricas do SGB:
HNmod = h - η
Cabe destacar que, apesar das altitudes físicas atuais da RAAP serem do tipo normal, sua superfície de referência não pode ser considerada equivalente ao quase-geoide global, pois foram mantidos os valores de referência dos data verticais de Imbituba e Santana
Da mesma forma, o modelo hgeoHNOR2020 não pode ser considerado um modelo gravimétrico do quase-geoide, não apenas pela particularidade anterior, mas também devido ao fato de não terem sido usadas as metodologias convencionais para modelagem do campo da gravidade. O hgeoHNOR2020 foi calculado mediante Colocação por Mínimos Quadrados (CMQ) a partir dos resíduos das alturas geoidais, extraídas do MAPGEO2015, em relação às diferenças entre as altitudes geométricas e normais, nas estações SAT-RN.
Portanto, o modelo absorve todas as características intrínsecas dessas três fontes de informação, incluindo as diferentes composições de erros, estratégias de tratamento da maré permanente etc., não podendo ser associado ao quase-geoide. Além disso, eventuais alterações de posição das estações, no período entre os dois tipos de levantamento (nivelamento e GNSS), podem afetar esse tipo de modelagem geométrica.
Assim, de modo a explicitar essa diferença, considera-se o fator para conversão η, fornecido pelo hgeoHNOR2020, como a adição daquelas influências intrínsecas (Δ) aos valores de separação entre quase-geoide global e elipsoide (ζ, anomalias de altitude): η = ζ + Δ.
O acesso ao modelo é feito por meio de um serviço de cálculo implementado neste portal, que facilita a obtenção dos fatores para conversão entre h e HN e respectivas incertezas. A submissão dos dados de entrada é feita diretamente por teclado (com resultado apresentado imediatamente na tela) ou, preferencialmente, via arquivo contendo a lista de coordenadas. Neste caso, os resultados são enviados ao endereço eletrônico informado, em três tipos de formatação (.txt, .csv, .kml). Neste serviço de cálculo, também foi implementada a comunicação direta com o serviço online para pós-processamento de dados GNSS (IBGE-PPP), também disponível neste portal, permitindo que os resultados do PPP mantenham-se consistentes com o modelo para conversão de altitudes.
Apenas os pontos situados no Território Nacional são submetidos aos processos de seleção das grades pertinentes e interpolação das respectivas grandezas por spline bicúbica. O desempenho do serviço de cálculo é condicionado, principalmente, por dois fatores: a verificação prévia dos polígonos (limites nacionais, área Santana e área oeste MAPGEO2015) e a interpolação propriamente dita. Para os pontos dentro dos limites nacionais, o desempenho é de aproximadamente 0,46 ms/ponto (aproximadamente 130 000 pontos/min), sendo 60% desse tempo consumido na interpolação.
Acesso ao produto - hgeoHNOR2020
O acesso ao modelo hgeoHNOR2020 é disponibilizado por meio do respectivo serviço de cálculo online, ou via cálculo, a ser realizado pelo próprio usuário interessado, com as grades e outras informações disponibilizadas em “downloads”
Publicações - hgeoHNOR2020
Modelo hgeoHNOR2020 para conversão de altitudes geométricas em altitudes normais / IBGE, Coordenação de Geodésia
Tipo de material: Livro
Ano: 2023
Saiba mais - hgeoHNOR2020
Histórico
As altitudes das Referências de Nível (RRNN) da Rede Altimétrica de Alta Precisão (RAAP) do Sistema Geodésico Brasileiro (SGB) caracterizam-se por sua estreita vinculação ao campo da gravidade terrestre. Atualmente, elas são genericamente denominadas altitudes físicas, conforme notas conceituais introdutórias das novas especificações e normas para levantamentos geodésicos associados ao Sistema Geodésico Brasileiro, mas tradicionalmente eram conhecidas como altitudes ortométricas pela comunidade produtora e usuária de informações geoespaciais.
Por outro lado, a crescente adoção de soluções de posicionamento via sistemas de satélites, por parte daquela comunidade, a partir da consolidação do Global Positioning System (GPS) e do advento dos serviços internacionais de aprimoramento dos respectivos insumos, levou à maior disponibilidade de um outro tipo de altitude, inteiramente desvinculada do campo da gravidade – a altitude geométrica. Acompanhando o aumento da necessidade de conversão dessas altitudes geométricas em altitudes ortométricas, intensificou-se a demanda pelos chamados modelos de ondulação geoidal, que representam a separação entre as respectivas superfícies de referência (elipsoide e geoide), denominada ondulação ou, preferencialmente, altura geoidal. No Brasil, as versões iniciais desses modelos tinham a forma de mapas geoidais, elaborados e avaliados a partir das RRNN coincidentes com as primeiras estações geodésicas estabelecidas com técnicas espaciais – as estações SAT Doppler, resultantes da observação dos satélites Transit. Considerando a qualidade dos resultados obtidos atualmente com os sistemas de posicionamento via satélites, as altitudes derivadas do sistema Transit tinham incerteza significativamente maior, chegando a vários metros. Dessa forma, eram desprezíveis as consequências de que as altitudes físicas do SGB não eram rigorosamente ortométricas, mas sim normais-ortométricas – uma aproximação do conceito original, voltada ao atendimento dos casos de indisponibilidade de observações gravimétricas na região de trabalho (como apresentado na p. 11 do relatório do REALT-2018).
Com o aprimoramento da qualidade das altitudes geométricas obtidas pelo usuário comum, resultante da evolução da infraestrutura associada aos Sistemas Globais de Navegação por Satélites (Global Navigation Satellite Systems, GNSS), as maiores incertezas na conversão entre altitudes passaram a ser atribuídas ao próprio modelo de ondulação geoidal, devido principalmente à impossibilidade de se alcançar uma cobertura gravimétrica densa e homogênea em todo o Território Nacional e ao longo de uma razoável faixa fronteiriça e costeira. Além disso, também assumiu maior significância a diferença entre o conceito rigoroso de altitude ortométrica e sua realização aproximada por meio das altitudes normais-ortométricas da rede altimétrica do SGB, em função destas últimas serem referidas a uma superfície não equipotencial indeterminada, enquanto as primeiras referem-se intrinsecamente ao geoide. Neste caso, a comunidade técnica nacional adotava procedimentos adicionais para detecção e correção da chamada componente sistemática regional do geoide por meio da ocupação de RRNN do SGB (ou vinculadas a ele) na área de trabalho com levantamentos GNSS, aprimorando a consistência da conversão das altitudes geométricas em normais-ortométricas.
A aplicação generalizada de tal estratégia, por parte do próprio IBGE, era impedida pelas dificuldades no estabelecimento de uma adequada distribuição das estações de conexão SAT GNSS nas RRNN do SGB – as chamadas estações SAT-RN. Em 2008, o IBGE iniciou a realização de campanhas exclusivas de GNSS em RRNN, intensificando-as a partir de 2015, com as campanhas de Ocupação GNSS em RRNN (OGR), com o objetivo da realização de medições em RRNN localizadas nos “vazios” geográficos estabelecidos a partir de um raio de 50 km daquelas conexões já existentes. Com isso, foi possível atingir uma distribuição minimamente adequada para o início dos estudos referentes ao aprimoramento da conversão de altitudes, como se observa na seguinte figura:
Por fim, cabe destacar que o aprimoramento do modelo para conversão de altitudes também sofreu impulso decisivo a partir da divulgação das novas altitudes normais, resultantes do Reajustamento da Rede Altimétrica com Números Geopotenciais (REALT-2018). Além da melhor vinculação ao campo da gravidade terrestre, este novo conjunto de altitudes reflete também os efeitos de uma extensa depuração dos desníveis de toda a rede altimétrica. Para que tais melhorias pudessem beneficiar também os usuários dos GNSS, tornava-se necessário um modelo específico para conversão de altitudes, reforçando as justificativas para o desenvolvimento do hgeoHNOR2020.
Justificativa
Atualmente, a tecnologia preferencialmente utilizada para o posicionamento espacial preciso é a dos GNSS. Dependendo do tipo de receptor, do tempo de coleta e da metodologia de cálculo, as coordenadas e altitudes determinadas pelos levantamentos GNSS podem atingir alta precisão, com incertezas de poucos milímetros em relação ao elipsoide de referência, levando à sua adoção em um crescente número de atividades. Apesar disso, no caso específico das altitudes geométricas, sua utilização é bastante restrita, em função da natureza puramente geométrica das mesmas, não refletindo o vínculo intrínseco com o campo da gravidade que o conceito de altitude deve possuir. Em outras palavras, a superfície da água em um lago de grandes dimensões, em repouso, materializa o conceito de superfície horizontal (superfície equipotencial do campo da gravidade), mantendo um valor constante de altitude física, mas suas altitudes geométricas podem apresentar grande variação, em decorrência da já citada desvinculação do elipsoide em relação às superfícies equipotenciais do campo da gravidade terrestre.
No SGB, as altitudes físicas eram tradicionalmente consideradas ortométricas e obtidas por meio do nivelamento geométrico de alta precisão, com referência a um datum vertical materializado a partir do nível médio do mar, considerado uma adequada aproximação do geoide pela metodologia clássica da época de início da atividade pelo IBGE. As condições necessárias para sua caracterização como ortométricas incluíam, ainda, a existência de informação gravimétrica associada às estações de nivelamento. Como os trabalhos de densificação gravimétrica do IBGE tiveram início apenas na década de 1980, com foco nos “vazios gravimétricos” do Território Nacional, grande parte da Rede Altimétrica do SGB, iniciada em 1945, não possuía gravimetria associada às suas RRNN. Tal dificuldade era minimizada com a utilização da gravidade teórica, também denominada gravidade normal, no cálculo da chamada correção ortométrica-normal para cada seção de nivelamento entre RRNN sucessivas.
A tipologia das altitudes das RRNN do SGB mudou pela primeira vez em 2018, após o REALT-2018, quando elas foram calculadas com correções derivadas da utilização da gravidade real observada mediante levantamentos gravimétricos diretamente nas RRNN ou em suas imediações – em contraste com a gravidade teórica, utilizada nos ajustamentos anteriores. A utilização desse novo tipo de correção segue recomendações internacionais, e resulta nas chamadas altitudes normais. Com isso, tornou-se necessário atualizar também a ferramenta para conversão das altitudes geométricas resultantes de levantamentos GNSS, de modo que as altitudes físicas resultantes sejam compatíveis com a nova realização da componente vertical do SGB, isto é, com as altitudes normais calculadas no REALT-2018.
Cálculo do modelo
Foram utilizadas as altitudes normais (HN) oriundas do REALT-2018 e as altitudes geométricas (h) referidas ao SIRGAS2000, bem como as alturas geoidais (N) extraídas do MAPGEO2015, de 1344 estações SAT-RN, para o cálculo dos resíduos iniciais εo :
Foi aplicado o procedimento recomendado por Forsberg e Tscherning (2008, “An overview manual for the GRAVSOFT Geodetic Gravity Field Modelling Programs”) e já utilizado em outros países: aplicação da Colocação por Mínimos Quadrados (CMQ) a partir dos resíduos pontuais εo para o cálculo da grade regular de correções ω a ser adicionada à grade do modelo usado como base, além da respectiva grade de desvio padrão σω. No âmbito desse procedimento, a correção calculada para cada ponto da grade reflete as características dos resíduos das estações no seu entorno, levando à existência de resíduos não nulos em cada estação SAT-RN individual:
Para a aplicação da CMQ, foi utilizado o programa GEOGRID, do pacote GRAVSOFT, e o MAPGEO2015 como modelo-base. Foi implementada uma rotina específica para a adição das grades (N+ω=η), o recálculo e análise estatística dos resíduos, e a repetição de todo o processo após a eventual rejeição de uma ou mais estações.
A rejeição de estações tem como base a comparação entre os resíduos pontuais recalculados (ε) e as respectivas estimativas de incerteza extraídas da grade de desvio padrão das correções. São rejeitadas as estações cujos resíduos recalculados ultrapassam o limite usual – o triplo do desvio padrão da respectiva correção (σω). Em caso de rejeição, repete-se o processo de cálculo.
Tendo como principal insumo as estações SAT-RN do SGB, o hgeoHNOR2020 perde confiabilidade com o aumento da distância em relação às mesmas. Assim, no extremo oeste do País, área significativamente afastada das estações da RAAP, optou-se por manter os valores do MAPGEO2015. Para tanto, as grades de correções e incertezas referentes a Imbituba são truncadas nessa região, conforme figuras seguintes.
Por fim, as grades de correções referentes a Imbituba e Santana são adicionadas à grade do MAPGEO2015, resultando nas grades de fatores para conversão η que constituem, juntamente com as respectivas grades de incertezas, o modelo para conversão hgeoHNOR2020 (figuras seguintes). Mais detalhes sobre o desenvolvimento do modelo são mostrados no relatório.
hgeoHNOR2020: curvas de isovalores do fator para conversão de altitudes geométricas em normais
hgeoHNOR2020: curvas de isovalores do desvio-padrão do fator para conversão de altitudes geométricas em normais
Avaliação do modelo
A metodologia utilizada leva à existência de resíduos em todas as estações utilizadas, os quais são considerados na avaliação da solução resultante de cada iteração, repetindo-se o processo até que não ocorram novas rejeições pelo critério mencionado (ε>3σω). O histograma mostrado a seguir representa a distribuição de frequências dos resíduos finais, permitindo constatar que 85,3% das estações têm resíduos entre ±10cm, e 95,2% entre ±18cm. As barras em azul representam os resíduos nas estações utilizadas no cálculo do hgeoHNOR2020 e, em vermelho, aqueles referentes às estações rejeitadas. Os pontos em vermelho representam o número de estações rejeitadas.
Considerando apenas as 1297 estações SAT-RN utilizadas no cálculo final, a raiz do erro quadrático médio (REQM) dos resíduos é 6,5cm. Pode-se observar, no cartograma a seguir, a relativa homogeneidade na distribuição espacial destas estações, segundo as diferentes faixas de resíduos – à exceção do extremo noroeste do País, onde predominam resíduos negativos nos estados de Roraima e Amazonas, e positivos em Rondônia e oeste do Mato Grosso. Considerando apenas as 592 estações utilizadas em 2015 para avaliação do MAPGEO2015 com REQM de 17cm – das quais três pertencem ao conjunto de estações rejeitadas no cálculo do hgeoHNOR2020 –, a REQM dos resíduos do hgeoHNOR2020 é de 10,2cm, confirmando a melhor aderência dos resultados do hgeoHNOR2020 às altitudes da Rede Altimétrica do SGB.
A avaliação da precisão relativa global do hgeoHNOR2020 foi realizada mediante o cálculo da diferença de resíduos em cada par de estações com distâncias até 50km. Estes resultados individuais foram agrupados a cada 1km, e a diferença média em cada agrupamento foi utilizada para a elaboração do gráfico mostrado a seguir.
Observa-se que, para distâncias de 6km, por exemplo, a precisão relativa do hgeoHNOR2020 é 1,0cm/km e, do MAPGEO2015, 1,4cm/km e 1,06cm/km, considerando altitudes físicas de 2011 e 2018, respectivamente. As linhas em azul representam a variação, entre hgeoHNOR2020 e MAPGEO2015 (com altitudes normais), das diferenças entre os resíduos em cada par de estações – a variação é de -0,4cm, para o mesmo exemplo de 6km. Observa-se que a melhoria relativa em relação ao MAPGEO2015 é mais pronunciada para as menores distâncias. Observa-se também que, contrariamente aos resultados absolutos do MAPGEO2015 mencionados anteriormente, o desempenho relativo do MAPGEO2015 sofre, em geral, um significativo aprimoramento com a utilização das altitudes normais de 2018.
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05/08/2021
Erramos
Erro de calendário na divulgação do Conjunto anual de Estações Planialtimétricas (GNSS) determinadas sobre as RRNN medidas e processadas
Data de publicação: 29/07/2022
Descrição:
Erro caracterizado pelo não cumprimento da data de divulgação do produto, conforme calendário disponibilizado em dezembro de 2021. O produto não será divulgado em 2022, conforme planejado, devido a dificuldades logísticas e operacionais ligadas às restrições de atividades presenciais no 1º semestre decorrentes da pandemia de COVID 19, que levou a restrições na produção e consequente necessidade de readequação do prazos. Dessa forma, a divulgação do Conjunto anual de Estações Planialtimétricas (GNSS) determinadas sobre as RRNN medidas e processadas foi transferida de 2022 para 2023.Ações: O calendário de divulgação foi alterado.
Erro de calendário na divulgação do Modelo hgeoHNOR2020 para Conversão de Altitudes Geométricas em Altitudes Normais
Data de publicação: 20/05/2021
Descrição:
O IBGE adiou a divulgação do Modelo hgeoHNOR2020 para Conversão de Altitudes Geométricas em Altitudes Normais. Devido à necessidade de readequação de prazos, a divulgação do produto foi alterada de julho para agosto de 2021.Ações: O calendário de divulgação foi alterado.