Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

Objetivo

Levantar informações que visam à construção de indicadores nacionais sobre o Uso das Tecnologias de Informação e Comunicação nas Empresas, compatíveis com as recomendações internacionais em termos conceituais e metodológicos e à definição de estratégias de investimento e qualificação de recursos humanos pelas empresas.

Tipo de operação estatística

Pesquisa de tecnologia da informação e comunicação - TIC

Tipo de dados

Dados de pesquisa por amostragem probabilística

Periodicidade de divulgação

Eventual

População-alvo

Engloba todas as empresas formalmente constituídas, com uma ou mais pessoas ocupadas e com situação ativa no Cadastro Central de Empresas - CEMPRE, do IBGE e que tenham como atividade principal, conforme a Classificação Nacional de Atividades Econômicas - CNAE 2.0 os setores secundário (Indústrias extrativa, Indústrias de transformação e Construção) e terciário (Comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas; serviços selecionados de Informação e comunicação; Transporte, armazenagem e correio; Alojamento e alimentação; Atividades imobiliárias; Atividades profissionais, científicas e técnicas; Atividades administrativas e serviços complementares; Artes, cultura, esporte e recreação; e Outras atividades de serviço).

A amostra da TIC-Empresa foi uma subamostra das amostras das pesquisas da área econômica, desta forma o cadastro básico de seleção foi formado pelas amostras das quatro pesquisas estruturais da área econômica para o ano de referência 2010 - Pesquisa Industrial Anual - PIA-Empresa, Pesquisa Anual da Indústria da Construção - PAIC, Pesquisa Anual de Comércio - PAC e Pesquisa Anual de Serviços - PAS - delimitado pela população-alvo da pesquisa. As amostras das quatro pesquisas citadas foram selecionadas do respectivo Cadastro Básico de seleção - CBS obtido a partir do Cadastro Central de Empresas - CEMPRE do IBGE, com situação ativa. As fontes principais de dados que atualizam anualmente o CEMPRE são as pesquisas econômicas do IBGE e os registros administrativos do Ministério do Trabalho e Emprego, em particular a Relação Anual de Informações Sociais - RAIS e o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados - CAGED.

Como a PIA-Empresa e a PAIC não pesquisam as empresas com zero pessoas ocupadas, o cadastro de seleção da TIC-Empresa foi, também, formado apenas por empresas com pelo menos uma pessoa ocupada.

O plano amostral da TIC-Empresa emprega amostragem estratificada por corte com 5 estratos para cada um dos setores de atividade econômica conforme a CNAE 2.0 e pertencentes à população-alvo. A delimitação desses estratos obedeceu a um critério gerencial, de acordo com o número de pessoas ocupadas. A definição dos limites dos estratos ficou da seguinte forma: de 1 a 9 pessoas, de 10 a 19 pessoas, de 20 a 49 pessoas, de 50 a 499 pessoas, e com 500 ou mais pessoas ocupadas.

Em cada um dos estratos de tamanho, as empresas foram também estratificadas pelo seu setor de atividade econômica. No primeiro estrato, de empresas com 1 a 9 pessoas ocupadas, foram definidos 4 estratos: Indústria (Indústria extrativa, Indústria de Transformação e Construção); Comércio, reparação de veículos e motocicletas: Informação e comunicação; e Outros Serviços (Seções H, I, L, M, N, R e S). E nos demais estratos de tamanho das empresas as empresas foram separadas em estratos considerando as 12 seções de atividade da CNAE 2.0 que pertencem à população alvo da pesquisa.

As empresas com 500 ou mais pessoas ocupadas foram incluídas na amostra (estrato certo). Para os demais estratos, foram dimensionadas amostras aleatórias simples para estimar proporções em torno de 50% comum coeficiente de variação máximo da ordem de 12,5%, em cada um dos estratos.
Os tamanhos de amostra calculados para cada estrato foram ajustados de acordo com as taxas médias de não resposta observadas, historicamente, pelas pesquisas econômicas do IBGE.
A TIC-Empresa 2010, o tamanho final da amostra foi de 21 567 empresas de uma população de 2 751 569 empresas.
Embora o dimensionamento tenha sido feito supondo amostragem aleatória simples, a seleção das empresas da amostra da TIC-Empresa foi feita com probabilidades proporcionais ao tamanho (método PPT), pois verificou-se que a taxa de informatização das empresas é correlacionada com o número de pessoas nelas ocupadas. Este procedimento de seleção tende a melhorar a precisão das estimativas.
Para garantir o espalhamento geográfico da amostra, evitando sua concentração em poucas Unidades da Federação, a seleção foi feita, em cada estrato, utilizando-se o método PPT sistemático, com as empresas ordenadas segundo a Unidade da Federação e o pessoal ocupado.

Como a amostra da TIC-Empresa foi selecionada como uma subamostra das pesquisas econômicas estruturais das áreas de indústria, comércio e serviços realizadas pelo IBGE, os seus pesos amostrais foram calibrados de maneira a reproduzirem as mesmas estimativas obtidas pelo conjunto dessas pesquisas para as variáveis número de empresas e pessoal ocupado em cada um dos estratos de seleção da TIC-Empresa.

A escolha por obter as informações através de entrevista direta com todas as empresas da amostra foi feita para assegurar uniformidade no entendimento conceitual da pesquisa. Para tal, foram adotados os seguintes procedimentos: a primeira etapa consiste na identificação do informante, profissional da área de tecnologia da informação na empresa, capaz de apreender os conceitos da pesquisa e deter as informações requeridas. A segunda etapa refere-se ao agendamento da entrevista, ou seja, definição da data e hora para a realização da entrevista. E a última etapa foi a realização da entrevista. As entrevistas foram realizadas através de um sistema de entrevistas telefônicas assistidas por computador (Computer Assisted Telephone Interview - CATI).

Técnica de coleta:

CATI - Entrevista por telefone assistida por computador

Temas e subtemas

Estatísticas multidomínio, Sociedade da Informação

Principais variáveis

-Informações gerais sobre o uso das TIC pela empresa:
Uso de computadores;
Pessoas ocupadas, na empresa, que usaram computadores para fins de trabalho de forma rotineira;
Pessoal especializado em TI/TIC;
Tipo de rede utilizada (Rede Local, Intranet, Extranet)
Tipo e finalidade dos softwares utilizados;
Uso de telefone celular.

-Motivos para não usar computador

-Uso da Internet:
Uso da Internet;
Pessoas ocupadas, na empresa, que usaram Internet para fins de trabalho de forma rotineira;
Existência de homepage ou website ou portal da empresa na Internet;
Serviços disponíveis na homepage ou website ou portal da empresa na Internet;
Tipo de conexão à Internet;
Compras e/ou vendas efetuadas pela Internet;
Uso de serviços eletrônicos do governo;
Atividades realizadas através da Internet.

-Segurança no uso das TIC:
Existência de política de segurança;
Procedimentos de segurança em TI/TIC;
Incidentes relacionados à segurança em TI/TIC.

-Habilidades em TIC:
Treinamento/qualificação proporcionados pela empresa;
Dificuldades em recrutar especialistas em TI/TIC por áreas e motivos.

-Motivos para não usar Internet.

Unidade de investigação

Empresa

Unidade de análise

Empresa.

Ano - 01/01/2010 a 31/12/2010

Formas de disseminação

Publicação Digital (online)

Nível de divulgação

Brasil e empresas dos setores secundário e terciário, por grupamentos da Classificação Nacional de Atividades Econômicas - CNAE 2.0 discriminadas na população-alvo.

TIC-Empresa - Questionário .

Primeira pesquisa realizada pelo IBGE que explora o uso das Tecnologias de Informação em Comunicação nas empresas brasileiras.
A TIC-Empresa possui natureza transversal do ponto de vista setorial, possibilitando o conhecimento acerca de aspectos como a infraestrutura para o acesso e o uso de TIC, com informações sobre o uso e o não uso de computador e Internet, e de temas ligados à segurança e habilidades em TIC do pessoal ocupado nas empresas. Os indicadores divulgados são pautados em recomendações metodológicas e conceituais internacionais, o que assegura a qualidade das informações e servem de subsídios ao desenvolvimento de políticas pelo governo e à definição de estratégias de investimento e qualificação de recursos humanos pelas empresas, bem como a comparação com indicadores TIC de outros países.