Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

Sobre a publicação - Reserva Ecológica do IBGE – Vol. 2

Reserva Ecológica do IBGE: Compromisso com a biodiversidade, a ciência e a sociedade

A criação da Reserva Ecológica do IBGE - Recor, em 22 de dezembro de 1975, foi ato de pioneirismo e vanguarda. Motivado pela preocupação em fornecer subsídios científicos para o planejamento territorial sustentável da Região Centro-Oeste, incorporada, à época, como a mais nova fronteira agrícola nacional, e seguindo princípios emanados da Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento (ECO-92, realizada no Rio de Janeiro), o IBGE transformou sua unidade de pesquisas geodésicas e topográficas, em Brasília, em área protegida, instituiu um programa de pesquisas ecológicas inédito para o Bioma Cerrado, implantou infraestrutura adequada, e estabeleceu parcerias com um grande contingente de pesquisadores nacionais e estrangeiros.

A história da Recor traz, portanto, a marca da inovação – traço comum à própria história institucional. Diretrizes estratégicas formuladas pela Direção do IBGE, respaldadas por subsídios dos Governos Federal e do Distrito Federal, bem como das comunidades científica e conservacionista, influenciaram sua criação, impulsionaram sua estruturação, e nortearam sua consolidação, visando torná-la uma área de referência na produção de informações geocientíficas (geodésicas, cartográficas, ecológicas, ambientais e geográficas), sob a governança e a gestão do órgão oficial de estatística do País.

Passados mais de 60 anos de gestão desse patrimônio institucional singular, 50 dos quais como área protegida de interesse científico, a Recor desfruta de amplo reconhecimento nos cenários local, nacional e global, por sua relevância e contribuições à Ciência, tanto na conservação da biodiversidade quanto no que respeita à disseminação de informações geocientíficas confiáveis para a sociedade.

A obra editorial Reserva Ecológica do IBGE é uma homenagem a essa jornada de conhecimento e conservação e à sua condução exitosa pelas Diretorias Executiva e de Geociências (lideranças estratégicas), pela Superintendência Estadual no Distrito Federal (liderança tática), e pela Gerência da Reserva Ecológica do IBGE (liderança operacional). Nessa direção bem-sucedida, contou-se, também, com o imprescindível apoio a extensa cooperação interinstitucionais, fatores esses que muito contribuíram para inserir a Recor em importantes redes nacionais e globais de produtores de informações geocientíficas e de conservação da biodiversidade.

O primeiro volume da obra, divulgado em 2011, apresentou uma síntese dos conhecimentos produzidos a Reserva Ecológica do IBGE sobre a biodiversidade terrestre da área e sua importância para o Bioma Cerrado. Este segundo, publicado no cinquentenário da Reserva, reafirma os compromissos institucionais com a biodiversidade, com a ciência e com a sociedade, os quais moldaram sua identidade organizacional e pautaram sua governança e gestão. O presente volume traz, ainda, um balanço independente, produzido por pesquisadores e gestores ambientais especialmente convidados para avaliar as contribuições dessa área para a sociedade e suas perspectivas futuras.