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Projetos
Reformulação das Pesquisas Domiciliares Amostrais do IBGE
Introdução
A demanda crescente por informações socioeconômicas e demográficas tem sido uma realidade para os Institutos Oficiais de Estatística em todo mundo, caracterizando um imenso desafio, pois ocorre num contexto de recursos cada vez mais limitados.
A ampliação das informações ofertadas deve contemplar a inclusão de novos temas e, para aqueles já pesquisados, deve propiciar o aprofundamento, permitir a investigação em intervalos de tempo mais curtos ou buscar a regularidade dos levantamentos.
Uma solução para adequar os institutos de estatística a esta nova realidade, tem sido a adoção de modelos que contemplam a concepção sistêmica, com a produção de fontes de informações e bases de dados integradas.
As reformulações metodológicas e de abrangência das principais pesquisas domiciliares do IBGE, como a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), a Pesquisa Mensal do Emprego (PME), Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) e a Pesquisa da Economia Informal Urbana (ECINF) sempre ocorreram isoladamente. No entanto, ao longo dos últimos anos, o IBGE vem desenvolvendo o Sistema Integrado de Pesquisas Domiciliares (SIPD), onde cada tema investigado será parte de um sistema integrado de indicadores socioeconômicos e demográficos. O planejamento, a execução, a disseminação e a análise dos resultados das diversas pesquisas serão conduzidos de forma associada, otimizando recursos e facilitando o atendimento de novas demandas.
O modelo proposto pelo IBGE engloba:
- Adoção de cadastros de seleção e de desenhos de amostras compartilhados, visando à otimização da produção de informações estatísticas a partir de pesquisas domiciliares.
- Harmonização de conceitos, variáveis e classificações nas diversas investigações componentes do SIPD, visando a facilitar a análise comparativa de resultados.
- Harmonização dos processos de crítica, imputação, tabulação, sempre que pertinente.
- Ampliar a utilização de tecnologias de captura de dados, integrando a tomada de decisão sobre a tecnologia mais adequada (PDA, Notebook, Telefone assistida por computador).
- Criar condições para implementar estudos longitudinais.
- Produção de Indicadores de curto prazo sobre trabalho e rendimentos com abrangência nacional e com detalhamento por Unidade da Federação.
- Produção de informações contínuas sobre consumo, visando, principalmente, realizar estudos sobre Condições de Vida, atualizar mensuração de pobreza, das contas nacionais e da inflação.
- Flexibilidade para inclusão de novos temas como: Vitimização, Uso do Tempo.
- Detalhamento de temas já investigados pelo IBGE como: Saúde e Educação.
- Regularidade na investigação de temas como: Segurança Alimentar, Acesso a Transferência de Rendimentos de Programas Sociais e Saúde, Trabalho Infantil.
O núcleo temático deste sistema será formado pela PNAD Contínua, pesquisa que integrará a PNAD e a PME, e o esquema de POFs Contínuas, composto pela POF completa, realizada a cada 5 anos, e a POF Simplificada, que será contínua. Estas pesquisas, por serem contínuas e de múltiplos propósitos, serão veículos naturais para as investigações suplementares.
O planejamento do SIPD requer intenso contato com usuários e produtores de informações. Neste sentido, as etapas alcançadas no desenvolvimento do SIPD têm sido apresentadas em seminários e congressos promovidos pelo IBGE ou por outras instituições.
Com isso, são assegurados aos usuários, o acompanhamento e a avaliação dos caminhos adotados na construção deste novo projeto.
II Encontro Nacional de Produtores e Usuários de Informações Sociais, Econômicas e Territoriais (CONFEST/CONFEGE). Agosto de 2006.
Neste evento, o projeto SIPD foi objeto de várias mesas. Ali foram abordados os aspectos amostrais propostos para o novo sistema de pesquisas e as linhas temáticas referentes aos indicadores conjunturais sobre trabalho. O andamento do projeto, tanto em termos operacionais quanto temático, contou com a participação de especialistas no uso dos microdados das pesquisas domiciliares por amostragem, de representantes do Ministério do Trabalho e Emprego e do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, além de um consultor da Organização Internacional do Trabalho.