PNAD Contínua Mensal
Unemployment rate reaches 5.8% in the quarter ended June, lowest level in the time series
July 31, 2025 09h00 AM | Last Updated: August 01, 2025 10h21 AM

The unemployment rate in Brazil for the quarter April-June 2025 was 5.8%, with a drop of 1.2 p.p. from the quarter January-March 2025 (7.0%) and a drop of 1.1 percentage points (p.p.) against the same quarter a year ago (6.9%). That is the lowest unemployment rate in the time series initiated in 2012. Record figures were also recorded by employment status (58.8%, which reached the quarter September-November 2024) and workers with a formal contract in the private sector (which reached 39.0 million). The discouraged population also stood out, with drops of 13.7% from the quarter ended May and of 14.0% from the same period a year ago. Information can be found in the Monthly Continuous PNAD released today (31) by the IBGE.
The IBGE has also published the reweighted figures of the Monthly Continuous PNAD time series. Reweighting of the survey in 2025 considers total population figures in the Population Projections of 2024, which encompass results from the latest Population Census (2022). Additional information is available here in the Technical Note 02/2025.
The remainder is temporarily in Portuguese.
“O crescimento acentuado da população ocupada no trimestre influenciou vários recordes da série histórica, dentre eles a menor taxa de desocupação”, explica Adriana Beringuy, coordenadora de Pesquisas por Amostra de Domicílios.
A taxa composta de subutilização da força de trabalho (percentual de pessoas desocupadas, subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas e na força de trabalho potencial em relação à força de trabalho ampliada) ficou em 14,4%, caindo 1,5 p.p. na comparação com o trimestre anterior (15,9%). Frente ao mesmo trimestre de 2024 também houve queda, de 2,0 p.p.
De abril a junho de 2025, cerca de 6,3 milhões de pessoas estavam desocupadas no país. No confronto com o trimestre móvel anterior (janeiro a março de 2025), no qual 7,6 milhões de pessoas não tinham ocupação, esse indicador recuou 17,4%, equivalente a menos 1,3 milhão de pessoas. Comparado a igual trimestre do ano passado, quando existiam 7,4 milhões de pessoas desocupadas, houve recuo de 15,4%, uma redução de 1,1 milhão de pessoas desocupadas na força de trabalho.
A quantidade de pessoas ocupadas no trimestre encerrado em junho deste ano era de aproximadamente 102,3 milhões, avanço de 1,8% em relação ao trimestre anterior. Na comparação contra o trimestre encerrado em junho de 2024, quando havia no Brasil 99,9 milhões de pessoas ocupadas, ocorreu alta de 2,4% (mais 2,4 milhões de pessoas). O nível da ocupação (percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar), por sua vez, atingiu 58,8%, expansão de 0,9 p.p. ante o trimestre de janeiro a março de 2025 (57,8%). Confrontado ao mesmo trimestre do ano anterior (57,8%), esse indicador teve variação positiva de 1,0 p.p. O nível da ocupação no trimestre encerrado em junho de 2025, assim, igualou o recorde histórico do índice, obtido no trimestre móvel de setembro a novembro de 2024.
Taxa de informalidade foi a segunda menor já registrada e emprego com carteira bateu recorde
A taxa de informalidade (proporção de trabalhadores informais na população ocupada) foi de 37,8%, o que corresponde a 38,7 milhões de trabalhadores informais. Esse índice foi inferior ao verificado tanto no trimestre móvel anterior (38,0%), como no mesmo trimestre de 2024 (38,7%). A taxa de informalidade registrada de abril a junho de 2025 só é maior do que a observada em igual trimestre de 2020 (36,6%). A queda na informalidade aconteceu apesar da elevação de 2,6% do contingente de trabalhadores sem carteira assinada (13,5 milhões), acompanhada da alta de 3,8% do número de trabalhadores por conta própria com CNPJ (mais 256 mil) na comparação trimestral, e mostrou estabilidade no confronto anual. Vale ressaltar que o contingente de ocupados com carteira assinada no setor privado foi recorde: 39,0 milhões, resultado superior (0,9%) ao apresentado no trimestre anterior e crescimento de 3,7% na comparação com o mesmo período do ano passado.
O contingente de desalentados no trimestre encerrado em junho (2,8 milhões) atingiu o menor nível desde 2016. Ocorreram recuos de 13,7% frente ao trimestre de janeiro a março de 2025, e de 14,0% em relação a abril a junho de 2024, quando existiam 3,2 milhões de pessoas desalentadas no Brasil.
Ocupação aumentou somente em Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais
Dos dez grupamentos de atividade investigados pela PNAD Contínua, apenas Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais registrou crescimento na ocupação frente ao trimestre móvel anterior (janeiro a março de 2025). Os demais não apresentaram variação significativa.
Segundo Adriana Beringuy, “o crescimento significativo do grupamento Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais foi concentrado no segmento de Educação”. O número de empregados no setor público (12,8 milhões), expandindo-se tanto no trimestre (5,0%) quanto no ano (3,4%), estabeleceu recorde da série histórica da pesquisa.
Em relação ao trimestre de abril a junho de 2024, cinco grupamentos aumentaram seu contingente de trabalhadores: Indústria geral (4,9%, ou mais 615 mil pessoas), Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (3,0%, ou mais 561 mil pessoas), Transporte, armazenagem e correio (5,9%, ou mais 331 mil pessoas), Informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas (3,8%, ou mais 483 mil pessoas) e Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (3,7%, ou mais 680 mil pessoas). Não houve variação significativa nos demais grupamentos.
Rendimento médio e massa de rendimento dos trabalhadores também foram recordes
O rendimento médio mensal real habitual de todos os trabalhos chegou a R$ 3.477 no trimestre de abril a junho de 2025, um patamar recorde. Houve crescimento de 1,1% ante o período de janeiro a março desse ano, e de 3,3% quando comparado ao mesmo trimestre do ano anterior. Já a massa de rendimento real habitual (a soma das remunerações de todos os trabalhadores) atingiu R$ 351,2 bilhões, também recorde, subindo 2,9% no trimestre, um acréscimo de R$ 9,9 bilhões, e aumentando 5,9% (mais R$ 19,7 bilhões) no ano.
“O resultado recorde da massa de rendimento é consequência da significava expansão da ocupação no trimestre, acompanhada de crescimento do rendimento médio real dos trabalhadores”, observa Adriana.
Mais sobre a pesquisa
A PNAD Contínua é a principal pesquisa sobre a força de trabalho do Brasil. Sua amostra abrange 211 mil domicílios, espalhados por 3.500 municípios, que são visitados a cada trimestre. Cerca de dois mil entrevistadores trabalham nessa pesquisa, integrados às mais de 500 agências do IBGE em todo o país.
Em função da pandemia de Covid-19, o IBGE implementou a coleta de informações da pesquisa por telefone a partir de 17 de março de 2020. Em julho de 2021, houve a volta da coleta de forma presencial. É possível confirmar a identidade do entrevistador no site Respondendo ao IBGE ou via Central de atendimento (0800 721 8181), conferindo a matrícula, RG ou CPF do entrevistador, dados que podem ser solicitados pelo informante.
Consulte os dados da PNAD no Sidra. A próxima divulgação da PNAD Contínua Mensal, referente ao trimestre encerrado em julho, será em 29 de agosto.