PAIC
In 2023, specialized services hit record in share in value of works and number of employed persons
May 22, 2025 10h00 AM | Last Updated: May 22, 2025 11h17 AM
Highlights
- In 2023, Brazil had 165.8 thousand construction companies, which employed 2.5 million persons. In the year, those companies paid R$89.6 billion in salaries.
- The value produced in incorporations, works and/or construction services by the construction sector reached, in nominal terms, R$484.2 billion, being R$461.6 billion in works and/or services and R$22.6 billion in incorporations.
- Between 2014 and 2023, Specialized services for construction registered the only increase of share in the value of works among segments, from 17.8% to 24.0%, its highest parcel in the time series. The share of Building construction decreased from 43.9% to 39.8%, whereas that of Infrastructure works retreated from 38.3% to 36.3%.
- In 2023, the number of persons employed in the construction industry fell 14.7% (-425.4 thousand) against 2014 (2.9 million). They were 2.3 million in 2022.
- In 2023, the public sector registered an increase of 1.2 p.p. in the share of value of works in relation to 2022, representing 31.6% of the total.
- In 2014, eight major companies accounted for 8.6% of the total value of works of the sector, whereas this percentage dropped to 3.3% in 2023, the lowest value in the time series started in 2007.
- Concerning the Federation Units, a few changes occurred in the first positions of the ranking in terms of value of works over the last ten years. São Paulo remained as the major FU in Brazil in value of incorporations, works and/or construction services. On the other hand, Rio de Janeiro lost the second position to Minas Gerais.
- The analysis of the predominance of the segments of the construction industry in the 27 Federation Units showed that 14 had Building construction as the prevailing segment, whereas the other 13 stood out by Infrastructure works. In relation to ten years ago, the segment of Infrastructure works prevailed in nine FUs.

The construction industry produced R$484.2 billion in value of incorporations, works and/or services in 2023, being R$461.6 billion in works and/or services and R$22.6 billion in incorporations. Brazil had 165.8 thousand construction companies, which employed 2.5 million persons. In the year, those companies paid R$89.6 billion in salaries. The data are from the Annual Survey of Construction Industry (PAIC), released today (22) by the IBGE.
Between 2014 and 2023, Specialized services for construction registered the only increase of share in the value of works among segments, from 17.8% to 24.0%, its highest parcel in the time series. For the other segments of the construction industry, the share in the total value of works of Building construction decreased from 43.9% to 39.8%, whereas Infrastructure works retreated from 38.3% to 36.3%.
The remainder is temporarily in Portuguese
O analista da pesquisa, Marcelo Miranda, exemplifica que Serviços especializados para construção podem ser entendidos como serviços de pintura ou instalação de tubulação, entre outros, geralmente sublocados em grandes projetos por empresas maiores, e comenta o crescimento do segmento. “Isso pode ser reflexo de uma crescente demanda por expertise técnica e serviços de alta especialização na execução de projetos de construção. Apesar do crescimento, esse segmento manteve-se como o terceiro da indústria”.
Em dez anos, indústria da construção perdeu 14,7% dos postos de trabalho
Em 2023, as 2,5 milhões de pessoas empregadas na indústria da construção representaram uma redução de 14,7% (-425,4 mil) frente a 2014. A ocupação se dividiu da seguinte forma: 37,6% trabalhando na Construção de edifícios; 32,8%, em Serviços especializados para construção; e 29,6%, em Obras de infraestrutura. Em 2022, eram 2,3 milhões de pessoas ocupadas na indústria da construção.
“Nos últimos 10 anos, houve uma mudança significativa na distribuição de empregos entre esses setores. O segmento de Obras de infraestrutura perdeu espaço, passando do segundo para o terceiro lugar, enquanto Serviços especializados para construção cresceram, aproximando-se do segmento de Construção de edifícios, que permaneceu como o principal empregador ao longo de quase todo o período”, destaca Miranda.
Em termos absolutos, a queda do pessoal ocupado de 425,4 mil pessoas foi influenciada, principalmente, pela redução do número de pessoas ocupadas em Construção de edifícios, que perdeu 273,4 mil pessoas (-22,8%), mas ainda se manteve como o segmento de maior relevância em termos de empregabilidade.
Serviços especializados para construção foi o segundo maior segmento em termos de pessoal ocupado, com um total de 809,8 mil pessoas em 2023, crescimento de 4,0% em relação a 2014.
“A empregabilidade da indústria da construção tem demonstrado recuperação ao longo dos últimos anos. Entre 2019, ano pré-pandemia da COVID-19, e 2023, o número de pessoas ocupadas aumentou em 559,5 mil pessoas, ou 29,4%, com destaque para o segmento de Serviços especializados para construção, que atingiu o maior valor da série histórica”, salienta o analista.
Empresas de Obras de infraestrutura tinham maior porte e maior salário médio
Em 2023, a média de funcionários da indústria da construção foi de 15 pessoas por empresa, que receberam, em média, 2,1 salários mínimos (s.m.) por mês. As empresas de Obras de infraestrutura tinham o maior porte (43 funcionários em média) e o maior salário médio mensal (2,6 s.m.) entre os três grandes segmentos. No entanto, foi o que apresentou maior queda nos salários médios pagos nos últimos 10 anos, considerando-se o valor de 3,7 s.m. em 2014.
Serviços especializados para construção registraram a menor média de funcionários (10 pessoas) e salário médio mensal de 2,0 s.m. Construção de edifícios, segmento com o maior número de empregados, registrou 14 pessoas ocupadas por empresa, recebendo 1,9 s.m. em média.
“Após a diminuição nos salários médios pagos a partir de 2014, influenciado principalmente pela redução deste indicador no segmento de Obras de infraestrutura, o salário médio atingiu relativa estabilidade nos últimos 4 anos”, pontua o analista da PAIC.
Participação do setor público no valor de obras cresce em 2023, mas permanece abaixo de 2014
Em 2023, o setor público registrou um aumento de 1,2 p.p. de participação no valor de obras em relação a 2022, representando 31,6% do total. Esse aumento foi impulsionado principalmente pelo segmento de Construção de edifícios, no qual a participação do setor público atingiu 24,7% em 2023, um aumento de 5,0 p.p. em relação ao ano anterior.
“É importante destacar que, analisando os últimos 10 anos, o setor público perdeu espaço, passando de 33,9% de participação em 2014 para 31,6% em 2023, com destaque para o segmento de Obras de infraestrutura, que perdeu 5,2 pontos percentuais no período”, pondera Miranda.
Concentração cai à menor taxa da série histórica
O grau de concentração de mercado é medido pelo indicador “razão de concentração de ordem 8” (R8), que calcula o percentual do valor total das incorporações, obras e/ou serviços gerados pelas oito maiores empresas do setor. Em 2014, as oito principais empresas respondiam por 8,6% do valor de obras total do setor, enquanto em 2023 esse percentual caiu para 3,3%, o menor valor da série histórica iniciada em 2007.
Entre 2014 e 2023, o indicador R8 no segmento de Obras de infraestrutura reduziu de 21,1% para 6,4%, também menor da série. Em Construção de edifícios passou de 7,2% para 6,7% e em Serviços especializados para construção aumentou de 4,3% para 6,2%.
Região Sudeste tem queda na participação do valor da construção em dez anos; Sul foi a que mais cresceu
A participação da Região Sudeste no valor das incorporações, obras e/ou serviços da construção caiu de 52,4% para 49,8% nos últimos dez anos.
Já a Região Sul apresentou o maior aumento de participação no valor gerado, de 3,4 p.p. entre 2014 e 2023, alcançando 16,2% do total. A Região Nordeste se manteve no segundo lugar do ranking regional, apesar da queda de 0,5 p.p. em 10 anos, atingindo 18,1% de relevância.
As regiões Norte e Centro-Oeste também mantiveram suas posições, embora tenha sido observado uma redução de 0,4 p.p. da Região Norte e uma estabilidade na Região Centro-Oeste, que fecharam em 2023 suas participações no valor gerado em 6,5% e 9,4%, respectivamente.
Em termos de emprego, a Região Sudeste aumentou sua participação de 47,7% para 50,6% do total de pessoal ocupado no país, seguida pelas regiões Nordeste (19,1%), Sul (15,3%), Centro-Oeste (9,1%) e Norte (5,9%).
Em relação às unidades da federação, nos últimos 10 anos, ocorreram poucas alterações nas primeiras posições do ranking em termos de valor de obras. São Paulo (R$121,0 bilhões) permaneceu como a principal UF do Brasil em valor de incorporações, obras e/ou serviços da construção. Já o Rio de Janeiro (R$33,4 bilhões) perdeu a segunda posição para Minas Gerais (R$54,6 bilhões).
Analisando a prevalência dos segmentos da indústria da construção nas 27 unidades da federação, 14 tiveram Construção de edifícios como seu segmento predominante, enquanto as outras 13 se destacavam pelas Obras de infraestrutura. Em 2014, Obras de infraestrutura predominava em 9 UFs.
Mais sobre a pesquisa
A Pesquisa Anual da Indústria da Construção (PAIC) constitui uma importante fonte de informações estatísticas sobre o segmento empresarial da indústria da construção no Brasil. As principais variáveis cobertas pela pesquisa são: emprego e salários; receita, custos e despesas; valor das incorporações, das obras e/ou serviços da construção; tipos de obras e/ou serviços da construção; produtos da construção. A PAIC traz dados para Brasil, Grandes Regiões e Unidades da Federação.