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IPCA fica em 0,24% em junho

10/07/2025 09h00 | Atualizado em 10/07/2025 09h00

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do mês de junho apresentou variação de 0,24%, 0,02 ponto percentual (p.p.) abaixo da taxa de 0,26% registrada em maio. No ano, o IPCA acumula alta de 2,99% e, nos últimos doze meses, o índice ficou em 5,35%, acima dos 5,32% dos 12 meses imediatamente anteriores. Em junho de 2024, a variação havia sido de 0,21%.

  Taxa
Junho de 2025 0,24%
Maio de 2025 0,26%
Junho de 2024 0,21%
Acumulado no ano 2,99%
Acumulado nos últimos 12 meses 5,35%

Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, em junho, apenas o grupo Alimentação e bebidas apresentou variação negativa (-0,18%), enquanto os demais ficaram entre o 0,99% de Habitação e o 0,00% de Educação.

Grupo Variação (%) Impacto (p.p.)
Maio Junho Maio Junho
Índice Geral 0,26 0,24 0,26 0,24
Alimentação e bebidas 0,17 -0,18 0,04 -0,04
Habitação 1,19 0,99 0,18 0,15
Artigos de residência -0,27 0,08 -0,01 0,00
Vestuário 0,41 0,75 0,02 0,04
Transportes -0,37 0,27 -0,08 0,05
Saúde e cuidados pessoais 0,54 0,07 0,07 0,01
Despesas pessoais 0,35 0,23 0,04 0,02
Educação 0,05 0,00 0,00 0,00
Comunicação 0,07 0,11 0,00 0,01
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços    

Com a vigência da bandeira tarifaria vermelha patamar 1 no mês de junho, adicionando R$4,46 na conta de luz a cada 100 KWh consumidos, a energia elétrica residencial (2,96%) foi o subitem com o maior impacto individual no índice do mês (0,12 p.p.). Foram registrados, também, os seguintes reajustes: 7,36% em Belo Horizonte (8,57%) vigente desde 28 de maio; 14,19% em uma das concessionárias de Porto Alegre (4,41%) a partir de 19 de junho; 1,97% em Curitiba (3,28%) desde 24 de junho e redução de 2,16% nas tarifas de uma das concessionárias do Rio de Janeiro (1,29%) a partir de 17 de junho.

Região Variação (%) Variação Acumulada (%)
Junho Ano 12 meses
Belo Horizonte 8,57 12,51 11,33
São Luís 5,39 6,10 5,72
Porto Alegre 4,41 12,06 12,65
Rio Branco 3,99 2,77 0,72
Aracaju 3,31 11,69 13,41
Curitiba 3,28 3,69 6,85
São Paulo 2,94 6,56 3,75
Goiânia 2,88 5,65 11,55
Campo Grande 2,80 5,09 5,23
Recife 2,36 8,54 9,49
Belém 2,33 6,26 2,69
Fortaleza 1,51 6,85 4,27
Rio de Janeiro 1,29 3,91 3,71
Vitória 1,06 4,92 4,68
Salvador 0,36 5,51 5,78
Brasília -2,77 6,15 2,35
Brasil 2,96 6,93 6,13

No ano, energia elétrica residencial acumula uma alta de 6,93%, destacando-se como o principal impacto individual (0,27 p.p.) no resultado acumulado do IPCA (2,99%). Esta variação (6,93%) é a maior para um primeiro semestre desde 2018 quando o acumulado foi de 8,02%.

Ainda em Habitação, a taxa de água e esgoto (0,59%) contemplou os seguintes reajustes: 9,88% em Brasília (9,27%) a partir de 1º de junho; 4,76% em Rio Branco (2,19%) desde 1º de maio; 3,83% em Curitiba (2,07%) a partir de 17 de maio e 6,58% em Porto Alegre (0,32%) vigente desde 4 de maio.

O grupo dos Transportes, após o recuo de 0,37% em maio, variou 0,27% em junho. Mesmo com a queda dos combustíveis (-0,42%), as variações no transporte por aplicativo (13,77%) e no conserto de automóvel (1,03%) impulsionaram a alta. O táxi (0,64%) reflete o reajuste médio de 8,71% nas tarifas em Belo Horizonte (6,54%) a partir de 7 de junho.

No Vestuário (0,75%) destacam-se as altas na roupa masculina (1,03%), nos calçados e acessórios (0,92%) e na roupa feminina (0,44%).

O grupo Alimentação e bebidas, que possui o maior peso no índice, foi o único dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados a apresentar variação negativa em junho (-0,18%) após a alta de 0,17% em maio. Após nove meses consecutivos de altas, a queda em junho foi impulsionada pela alimentação no domicílio que saiu de 0,02% em maio para -0,43% em junho, com as quedas do ovo de galinha (-6,58%), do arroz (-3,23%) e das frutas (-2,22%). No lado das altas destaca-se o tomate (3,25%).

A alimentação fora do domicílio registrou variação de 0,46% em junho, frente ao 0,58% de maio. O subitem lanche acelerou de 0,51% em maio para 0,58% em junho, e a refeição, por sua vez, saiu de 0,64% em maio para 0,41% em junho.

Quanto aos índices regionais, a maior variação (0,64%) ocorreu em Rio Branco por conta do cinema, teatro e concertos (77,22%), devido ao encerramento da promoção de meia entrada, e da energia elétrica residencial (3,99%). A menor variação ocorreu em Campo Grande (-0,08%) em razão da queda nas frutas (-5,15%) e na gasolina (-1,38%).

Região Peso Regional (%) Variação (%) Variação
Acumulada (%)
Maio Junho Ano 12 meses
Rio Branco 0,51 0,00 0,64 2,18 5,36
Belo Horizonte 9,69 0,17 0,53 3,38 5,70
Fortaleza 3,23 0,57 0,37 3,05 5,46
Recife 3,92 0,56 0,33 3,01 4,77
Salvador 5,99 0,35 0,29 3,00 5,23
São Paulo 32,28 0,12 0,29 3,00 5,69
Vitória 1,86 0,20 0,25 3,21 5,36
São Luís 1,62 0,33 0,22 2,90 5,17
Belém 3,94 0,66 0,16 3,39 5,52
Goiânia 4,17 0,49 0,16 2,24 5,35
Aracaju 1,03 0,24 0,14 3,45 4,42
Curitiba 8,09 0,30 0,14 3,07 5,12
Brasília 4,06 0,82 0,12 3,24 5,36
Rio de Janeiro 9,43 0,21 0,08 2,46 4,94
Porto Alegre 8,61 0,12 0,05 3,17 4,85
Campo Grande 1,57 0,13 -0,08 2,75 5,52
Brasil 100,00 0,26 0,24 2,99 5,35
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços     

O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e de Brasília.

Para o cálculo do índice do mês, foram comparados os preços coletados no período de 30 de maio de 2025 a 30 de junho de 2025 (referência) com os preços vigentes no período de 01 de maio de 2025 a 29 de maio de 2025 (base).

INPC tem alta de 0,23% em junho

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) teve alta de 0,23% em junho. No ano, o acumulado é de 3,08% e, nos últimos 12 meses, de 5,18%, abaixo dos 5,20% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em junho de 2024, a taxa foi de 0,25%.

Os produtos alimentícios passaram de 0,26% em maio para -0,19% em junho. A variação dos não alimentícios passou de 0,38% em maio para 0,37% em junho.

Quanto aos índices regionais, a maior variação (0,55%) ocorreu em Belo Horizonte por conta da energia elétrica residencial (8,54%) e da gasolina (1,56%). A menor variação ocorreu em Porto Alegre (-0,10%) em razão da queda na gasolina (-2,56%) e nos produtos de higiene pessoal (-1,79%).

Região Peso Regional (%) Variação (%) Variação
Acumulada (%)
Maio Junho Ano 12 meses
Belo Horizonte 10,35 0,29 0,55 3,62 5,50
Rio Branco 0,72 0,09 0,51 2,12 5,20
São Paulo 24,60 0,19 0,35 3,18 5,53
Fortaleza 5,16 0,53 0,34 3,15 5,41
Belém 6,95 0,73 0,24 3,44 5,20
Recife 5,60 0,70 0,24 3,02 4,36
Vitória 1,91 0,38 0,20 3,25 5,12
São Luís 3,47 0,37 0,18 2,94 5,06
Salvador 7,92 0,36 0,17 3,11 5,06
Goiânia 4,43 0,39 0,17 1,98 5,23
Brasília 1,97 1,24 0,16 3,03 5,21
Curitiba 7,37 0,32 0,13 2,97 5,16
Aracaju 1,29 0,37 0,11 3,65 4,41
Rio de Janeiro 9,38 0,28 0,02 2,49 5,00
Campo Grande 1,73 0,15 -0,08 2,66 5,56
Porto Alegre 7,15 0,17 -0,10 3,38 4,68
Brasil 100,00 0,35 0,23 3,08 5,18
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços     

O INPC é calculado pelo IBGE desde 1979, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 05 salários mínimos, sendo o chefe assalariado, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e de Brasília.

Para o cálculo do índice do mês, foram comparados os preços coletados no período de 30 de maio de 2025 a 30 de junho de 2025 (referência) com os preços vigentes no período de 01 de maio de 2025 a 29 de maio de 2025 (base).