Nossos serviços estão apresentando instabilidade no momento. Algumas informações podem não estar disponíveis.

Indústria nacional

Produção industrial cresce pelo segundo ano seguido e fecha 2018 com alta de 1,1%

Editoria: Estatísticas Econômicas | João Neto

01/02/2019 09h00 | Atualizado em 01/02/2019 10h36

A produção nacional da indústria aumentou 1,1% em 2018, porém abaixo do desempenho de 2017, que fechou em 2,5%. Foi o segundo resultado anual positivo consecutivo, após sucessivas quedas entre 2014 e 2016. As informações são da Pesquisa Industrial Mensal (PIM-PF), divulgada hoje pelo IBGE.

Segundo o gerente da pesquisa, André Macedo, apesar de a taxa ter sido positiva no acumulado do ano, a indústria perdeu ritmo nos últimos meses de 2018. O quarto trimestre, inclusive, fechou com queda de 1,1% frente ao trimestre anterior. “Atividades como alimentos, metalurgia e bebidas, que mostraram comportamento positivo no início do ano, perderam intensidade ao longo dos meses”, explica Macedo.

Ocorreu um problema ao obter informações. Recarregue para tentar novamente.

Ainda no acumulado do ano, entre as categorias econômicas, bens de consumo duráveis, 7,6%, bens de capital, 7,4%, e bens intermediários, 0,4%, registraram taxas positivas, enquanto bens de consumo semi e não duráveis caíram 0,3%.

“O crescimento em bens de capital foi influenciado principalmente pelo aumento na produção de caminhões e materiais de construção. Já bens de consumo duráveis foi beneficiado pela expansão na produção de televisores impulsionada pela Copa do Mundo”, comenta.

Em relação a novembro, a produção aumentou 0,2% em dezembro, com influência do setor de alimentos, que cresceu 1,5%. Já a queda mais significativa veio do setor de veículos automotores, reboques e carrocerias, que recuou 3,1%. Houve queda de 3,6% com relação a dezembro de 2017.

Indústria automobilística exerce maior influência positiva no ano

Entre as atividades, o setor de veículos automotores, reboques e carrocerias, com acumulado no ano em 12,6%, exerceu a maior influência positiva para o desempenho da indústria em 2018, seguido dos ramos de metalurgia (4%) e de celulose, papel e produtos de papel (4,9%).

“Embora tenha perdido intensidade nos últimos meses do ano, o setor automobilístico, em 2018, foi especialmente favorecido pela maior demanda do mercado argentino”, diz o gerente da pesquisa.

Por outro lado, quedas nos setores de alimentos (-5,1%), confecção de artigos do vestuário e acessórios (-3,3%) e de couro, artigos para viagem e calçados (-2,3%) seguraram o resultado do ano.

“Boa parte do recuo no setor de alimentos se deve à diminuição na produção de açúcar em prol do etanol, que tem sido mais vantajoso para as usinas”, conclui Macedo.